“Não é um ato eleitoral”, diz Rosemberg sobre os pedidos de empréstimo de Jerônimo

Após a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovar o 23º pedido de empréstimo do governo Jerônimo Rodrigues (PT), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder da base governista, justificou nesta segunda-feira (22), as operações de crédito contratadas pelo Estado. Na última semana, os parlamentares autorizaram um novo financiamento de R$ 720 milhões, elevando para cerca de R$ 26,7 bilhões o volume total de empréstimos aprovados desde o início da atual gestão.

Em entrevista coletiva na Alba, Rosemberg rebateu críticas da oposição e afirmou que os empréstimos não têm caráter eleitoral nem comprometem o campo fiscal do Estado.

“Não é um ato eleitoral. A Bahia tem um comprometimento de 0,33% da sua capacidade de endividamento, com uma perspectiva de diminuição disso, porque o pagamento que nós estamos fazendo, estamos pagando corretamente. Não é de aumentar o endividamento. Então se eu estou descendente e se eu tomo um empréstimo, eu estou equilibrando”, justificou o deputado.

Rosemberg também explicou que parte das operações aprovadas não resulta, necessariamente, na entrada de novos recursos nos cofres públicos. Ele citou como exemplo um empréstimo de R$ 4 bilhões aprovado recentemente, que teve como objetivo a renegociação de dívidas antigas com juros mais elevados.

“Essa foi uma operação que nós fizemos para sair de um endividamento que nós tinhamos com o juro mais alto e com um tempo pequeno. O que é que nós fizemos? Eu encontrei com o juro menor, então eu vou aqui, vou no banco, pego o dinheiro com juro menor, pago o que eu estou devendo com juro maior e com um tempo mais elástico para isso”, explicou.

De acordo com o líder do governo, esse tipo de reestruturação da dívida acaba sendo contabilizado pela oposição apenas como novo empréstimo, sem o devido detalhamento técnico. “Eu converso com os deputados da oposição e do governo. E toda vez que eu vou conversar com eles, eu explico todas essas questões. Nós aqui da Assembleia, nós não podemos, ninguém, nenhum deputado, pode dizer que desconheceu alguma coisa. Porque a estrutura que nós temos nos nossos gabinetes é para qualquer coisa que está aqui”, completou o deputado.

Com informações de Douglas Reis

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