
“Ninguém aguenta mais isso”, diz Coronel ao defender fim da reeleição para cargos no Executivo

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) declarou nesta terça-feira (27), apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 12/2022), aprovada recentemente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que prevê o fim da reeleição para cargos do Executivo e amplia o tempo de mandato para cinco anos. A proposta deve seguir para análise no plenário da Casa.
A PEC, relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), estabelece uma transição até que as novas regras estejam totalmente implantadas. A partir de 2034, não será mais permitida qualquer forma de reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, que passarão a cumprir mandatos de cinco anos.
A ideia é unificar todos os pleitos, permitindo eleições gerais a cada cinco anos e encerrando o modelo atual com votações a cada dois anos.
“Tem pessoas que criticam que vai ser uma chapa muito grande, mas hoje nós temos que entender que as pessoas mais velhas elas hoje não são obrigadas a votar pelo prazo já ser limite e essa juventude que está surgindo e já surgiu todos sabem entrar numa urna eletrônica e digitar, cinco, seis, sete votos. Então eu não vejo porque fazermos eleições a cada dois anos”, disse o deputado.
Durante entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da Band, Coronel reforçou o apoio à proposta e criticou o calendário eleitoral brasileiro. “Para você ter uma ideia, a eleição de prefeito foi há seis meses atrás e já está se falando agora da eleição estadual. Ninguém aguenta isso não, isso é um absurdo, você nem descansa, não descansa nem as cordas vocais para fazer discurso, porque sai de uma e entra em outra”, afirmou.
O senador também defendeu o fim do fundo partidário como consequência da unificação eleitoral. Segundo ele, os recursos poderiam ser realocados para áreas como saúde e infraestrutura. “Então nós temos que acabar com isso, unificar, porque vai acabar o fundo partidário, acabando o fundo partidário vai sobrar dinheiro para aplicar na saúde, em estradas, isso é importante. Negócio de eleição a cada dois anos para mim isso é fora de moda, estou fechado com o presidente da CCJ, o senador Otto Alencar que deflagrou esse processo, estamos juntos para acabarmos com a reeleição”, concluiu.