Partido Missão, do MBL, diz que não é a “mesma direita” de Bolsonaro e do Novo
Com o registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (4), o partido Missão, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), pretende disputar espaço na direita brasileira com um projeto político independente do bolsonarismo e do Partido Novo. A sigla deve lançar candidatura própria à Presidência da República e também mira governos estaduais nas eleições de 2026.
O futuro presidente do partido, Renan Santos, afirmou que o Missão quer se apresentar como uma alternativa à atual oposição de direita, que, segundo ele, se limita a defender anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não somos a mesma direita que os caras. O Novo aposta nas ‘tias do Zap’ do Bolsonaro. A gente aposta no millennial pistola e na geração Z”, disse Santos ao jornal Folha de S.Paulo.
Durante a entrevista, Renan destacou temas que serão debatidos pelo partido e alfinetou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
“[Os bolsonaristas] estão sendo oposição ao governo Lula falando de anistia. Nós estamos falando de desfavelização e classificação de facções como terroristas. O Nikolas [Ferreira] tem uma posição sobre desfavelização? Agora, depois de pautarmos o assunto”, disse.
O MBL já havia rompido com Bolsonaro durante o seu governo. Em 2021, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) chegou a lançar candidatura à presidência da Câmara com uma pauta única. Desde então, embates entre integrantes do movimento e bolsonaristas têm sido frequentes nas redes sociais.
Segundo Renan, o Missão vai buscar candidatos comprometidos com a agenda do grupo. “Para receber alguém do centro ou da direita, o futuro candidato teria de se comprometer com nossa agenda e se retratar”, completou.