PF conclui que Bolsonaro enviou mais de 300 vídeos pelo WhatsApp mesmo sob proibição judicial

A Polícia Federal concluiu que Jair Bolsonaro compartilhou centenas de vídeos pelo WhatsApp mesmo após ter sido proibido judicialmente de utilizar redes sociais, inclusive por meio de contas de terceiros. A ação faz parte do inquérito que indiciou o ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em investigação ligada às sanções dos Estados Unidos.

O relatório da PF detalha que, no dia 3 de agosto, data de manifestações pró-Bolsonaro em diversas cidades, o ex-presidente enviou vídeos para apoiadores divulgando os atos e criticando o ministro Alexandre de Moraes, alvo da Lei Magnitsky. Segundo a investigação, essas ações se assemelham ao funcionamento de “milícias digitais”, com algumas mensagens compartilhadas mais de 360 vezes em Salvador.

As conclusões da PF indicam que Bolsonaro buscou contornar a proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde 4 de agosto, ele cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e restrições ao acesso a redes sociais, medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

A defesa do ex-presidente declarou ter sido surpreendida com o indiciamento e afirmou que prestará os esclarecimentos solicitados pelo STF.