Políticos de direita associam Lula ao crime após megaoperação no Rio
Após a megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, políticos de direita e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vinculando sua imagem ao crime organizado. As declarações se apoiam em recentes comentários de Lula sobre traficantes serem “vítimas dos usuários”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou em suas redes sociais: “Masssss, se eu sugerir bombardear barcos de traficantes, a esquerda acha um escândalo e a mídia passa a noticiar isso 24 horas por dia. Nada me surpreende depois que Lula disse que os traficantes são vítimas dos usuários”, disse.
Já o irmão do senador, vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) acrescentou que, em maio de 2025, o governo federal rejeitou proposta dos Estados Unidos para classificar o PCC e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas, alegando que, segundo a legislação nacional, essas facções não se qualificam como terroristas.
“Essa posição foi reafirmada em reunião com representantes dos EUA, durante a qual o Brasil destacou que suas facções criminosas não se enquadram como terroristas segundo a legislação brasileira. Esse projeto teve urgência aprovada, mas não teve andamento devido a decisão contrária do governo Lula”, completou Carlos Bolsonaro.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou imagens da operação e comentou: “Brasil soberano da esquerda aí”, reforçando as críticas políticas.
A operação policial, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), Polícia Militar (PMRJ) e governo estadual, resultou na morte de 60 pessoas, sendo quatro policiais, e na prisão de 81 suspeitos. A ação visou combater o CV nos dois complexos da Zona Norte da capital fluminense.