
Pressão bolsonarista nas redes sociais atinge Hugo Motta e Davi Alcolumbre

O Congresso virou alvo de uma ofensiva digital por parte de bolsonarista desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas últimas semanas, a pressão sobre os presidentes da Câmara e do Senado se intensificou, com ataques organizados em grupos de WhatsApp e Telegram.
Um monitoramento feito pela Palver, empresa que acompanha mais de 100 mil grupos públicos e divulgado pela Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (18), aponta que a mobilização segue uma estratégia definida.
Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, foi pressionado para pautar a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
Já Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, virou alvo de cobranças para colocar em votação o impeachment de Moraes.
A pressão contra Motta ganhou força após denúncias sobre a “adultização” de crianças nas redes sociais, tema que mobilizou a opinião pública. Para tentar conter os ataques, o deputado anunciou que vai colocar em votação nesta semana o projeto de lei nº 2.628/2022, já aprovado no Senado, que trata da responsabilização das plataformas digitais.
No Senado, Alcolumbre enfrenta, além das cobranças políticas, mensagens antissemita circulam no X (ex-Twitter), associando sua postura contrária ao impeachment de Moraes à sua identidade judaica.
O próprio senador já afirmou que não pautará o pedido, independentemente do número de assinaturas, o que reduziu as chances de avanço da proposta.
Segundo o levantamento, a tendência é que a pressão continue, tanto nas redes sociais quanto dentro do próprio Congresso, influenciando na atuação da base bolsonarista.