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Redação 15 de Setembro, 2025
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“Quis pegar minha bolsa e voltar para casa”, diz Janja após ataques virtuais

Política
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Redação 15 de Setembro, 2025

Primeira-dama relatou ter considerado sair da capital federal após polêmicas, incluindo episódio durante viagem à China

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, revelou em entrevista à Folha de S. Paulo, veiculada neste sábado (13), que chegou a cogitar deixar Brasília após se tornar alvo de ataques virtuais relacionados à sua atuação no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo ela, a vontade de se afastar da capital se intensificou depois de uma viagem à China, quando se manifestou publicamente sobre o conflito na Faixa de Gaza, o que gerou críticas.

“Teve um momento em que eu quis pegar a minha bolsa e as minhas cachorras e sair, voltar para a minha casa. Eu nunca entrei na caixinha [de primeira-dama]. Toda hora querem me empurrar para dentro da caixinha. E eu sempre digo: ‘Ali, não. Não vou entrar nessa caixinha’”, disse Janja.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, Janja tem sido figura central em debates e polêmicas envolvendo a gestão petista. Em maio deste ano, a primeira-dama viveu uma situação delicada durante conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, na qual comentou sobre o algoritmo do TikTok e seus possíveis impactos no cenário político brasileiro. A divulgação do conteúdo dessa conversa por um integrante da comitiva brasileira gerou irritação no presidente Lula.

Relação com Michelle Bolsonaro

Na entrevista, Janja afirmou não se preocupar com a figura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em um possível cenário eleitoral, mas ressaltou que se sente no direito de defender o presidente em caso de ataques.

“Ele não precisa de proteção. Mas eu não vou deixar ninguém atacar ele, seja homem ou seja mulher. Dependendo do nível de ataque, é óbvio que eu vou me colocar”, afirmou.

A primeira-dama destacou que sua atuação vai além do papel tradicionalmente atribuído à função, reforçando que não pretende se limitar a uma presença simbólica no governo.