Secretário de Justiça da Bahia critica operação no Rio: “Exemplo de como não fazer segurança pública”

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, criticou a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. Em declaração nas redes sociais, ele classificou a ação como um “exemplo de como não fazer segurança pública” e apontou falhas graves de planejamento por parte do governo do Rio.

“Infelizmente, o Rio de Janeiro deu um exemplo de como não fazer segurança pública. Tiros a esmo, pilhas de corpos espalhadas pelas ruas, o principal alvo da operação ainda livre e quatro policiais atingidos — resultado da desarticulação e da falta de planejamento do governo do estado do Rio. Não podemos naturalizar o horror!”, escreveu o secretário.

Freitas afirmou ainda que o Comando Vermelho “não foi impactado” pela operação e defendeu o investimento em inteligência e investigação como forma eficaz de enfrentar o crime organizado.

“Em defesa das comunidades, dos policiais e de suas famílias, precisamos investir em um novo ciclo de políticas públicas de segurança no país. PEC da segurança pública, já”, completou.

A operação foi realizada no Complexo da Penha e resultou em 121 mortes, sendo 54 registradas no dia da ação e outros 63 corpos encontrados por moradores em uma área de mata no dia seguinte. Entre as vítimas, estão dois policiais militares e dois civis.

Ao todo, 113 suspeitos foram presos, e as equipes apreenderam 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver, além de 14 artefatos explosivos e uma quantidade de drogas ainda em apuração.