Sérgio Moro critica Lula por vetos na área da segurança e diz que “falta lei e ordem” no país

Durante participação no evento SOS Bahia, realizado nesta quinta-feira (5) em Salvador, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou duramente a atuação do governo federal na área da segurança pública. Segundo ele, o Executivo “não encaminhou um projeto de lei efetivo” sobre o tema em dois anos e meio de gestão, e ainda atuou contra iniciativas do Congresso Nacional.

“Quando o Congresso aprovou a lei que proíbe as saídas temporárias (as chamadas ‘saidinhas’) e que exige exame criminológico para progressão de pena, o presidente Lula foi lá e vetou. O Congresso teve que derrubar o veto”, afirmou o senador. “Eu fico pensando: o que funciona para o crime organizado? Prisão dura, longa e efetiva. E confisco do patrimônio dos criminosos”, completou.

Moro também disse que a Polícia Federal estaria hoje mais empenhada em investigar críticas ao presidente do que crimes graves: “A PF está mais interessada em apurar quem chama o Lula de ladrão do que quem rouba aposentadorias, pensões ou aterroriza a população com assassinatos ligados ao tráfico”.

Referindo-se à Operação Lava Jato, da qual foi um dos principais protagonistas, o ex-juiz afirmou que o país vive um retrocesso. “A Lava Jato desvendou o maior esquema de corrupção do Brasil, principalmente do PT. Recuperamos R$ 6 bilhões. Hoje vemos a corrupção voltando, inclusive com esquemas que atingem os mais vulneráveis — aposentados, viúvas, pessoas com invalidez. Na minha época, esse pessoal não teria coragem, porque quem roubava ia pra prisão”, disse.

Ao abordar a situação da Bahia, Moro destacou os altos índices de violência e associou o problema à ausência de políticas efetivas de segurança. “A Bahia hoje tem mais assassinatos do que o Rio de Janeiro. É um dos estados mais emblemáticos dessa crise de segurança. Falta lei e ordem no país. É por isso que o União Brasil está nesse projeto de tentar restabelecer o Brasil no caminho certo”, declarou.

* Com informações do repórter Leonardo Valente

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