
STF nega pedido de Bolsonaro para anular delação de Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (17), o pedido dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular a delação premiada de Mauro Cid. A defesa alegava que o ex-ajudande de ordens do governo teria violado cláusulas do acordo ao comentar, por meio de redes sociais, detalhes das tratativas com a Polícia Federal.
A solicitação foi baseada em reportagens que indicam que Cid, de forma anônima, teria revelado informações sigilosas e feito críticas à atuação dos investigadores, o que, segundo os advogados de Bolsonaro, comprometeria a validade do acordo e caracterizaria descumprimento das condições estabelecidas pela Justiça.
Na decisão, Moraes considerou o momento processual “absolutamente inadequado” para discutir a anulação do acordo, destacando que os depoimentos e provas colhidas até aqui permanecem válidos. Mesmo se a delação fosse anulada, o conteúdo já obtido seguiria válido para o processo.
O ministro também rejeitou um segundo pedido, apresentado pela defesa do general Braga Netto, que solicitava a suspensão das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado até a conclusão de outras ações relacionadas.