“Tenho gordura nos ossos e não sirvo para ser carregado”, diz Coronel sobre candidatura em 2026
O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou nesta sexta-feira (3), que tem autonomia política para disputar a reeleição ao Senado em 2026, mesmo sem depender diretamente do apoio dos atuais aliados. Segundo ele, após sete anos de mandato, construiu capital político suficiente para não “ser carregado”.
“Em 2018 eu saí da presidência da Assembleia e um grupo de amigos nos apoiou e eu contei muito com a ajuda naquela oportunidade de Wagner, de Rui, do próprio Jerônimo, que era coordenador, mas eu procurei ao longo desses sete anos que estou no cargo também colocar gordura nos ossos para que a gente não sirva somente para ser carregado”, disse Coronel ao Política Livre.
O senador destacou que sua pré-candidatura está consolidada dentro do PSD e que a decisão final caberá ao senador Otto Alencar, presidente estadual da sigla.
“Então hoje, sem nenhuma falsa modéstia, a gente também fez o cabedal político que nos credencia a disputar qualquer cargo aqui na Bahia sem ser um estorro para ninguém. Por isso, nós estamos nessa pré-campanha de senador, que é um direito que me assiste constitucionalmente, o direito à reeleição, e nosso partido está praticamente definido com nosso nome, nós vamos lutar”, ressaltou o político.
Apesar das especulações, o parlamentar negou que tenha iniciado conversas políticas com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) ou com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil). Ele também negou qualquer tratativa antecipada com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Sempre converso com Wagner, com o Rui por estarmos mais tempo em Brasília, mas ainda tem muito tempo ainda pela frente, e quem vai coordenar essa campanha, indicação, homologação dessa continuidade de uma união, é o presidente do nosso partido, Otto Alencar”, afirmou Coronel.
Sobre a declaração de Jerônimo, que afirmou sentir sua ausência em uma reunião do PSD com a bancada estadual, Coronel reagiu com bom humor. “Até fiquei feliz com a declaração de Jerônimo dizendo que eu fiz falta, significa que a minha presença iria ser bem-vinda. Mas, brincadeiras à parte, foi uma reunião da bancada, acredito que por Angelo Coronel Filho estar presente, talvez eu não tenha sido convidado. Mas se fosse, iria sem nenhum problema”, completou Coronel.