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Redação 06 de Maio, 2025
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Trama golpista: STF analisa denúncia contra núcleo 4 por ataques ao sistema eleitoral

Política
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Redação 06 de Maio, 2025

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (6) se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra mais sete investigados por envolvimento na trama golpista articulada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os acusados integram o núcleo 4 da investigação, voltado à organização de ações de desinformação para espalhar notícias falsas sobre o processo eleitoral de 2022 e promover ataques virtuais contra instituições e autoridades públicas.

Entre os denunciados estão militares da ativa e da reserva, um policial federal e um civil:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército)

  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército)

  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército)

  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército)

  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército)

  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal)

  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)

Primeira Turma do Supremo é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Após as sustentações orais, o colegiado analisará questões preliminares levantadas pelas defesas — como supostas nulidades nas provas, alegações de suspeição do relator e a legalidade das delações, incluindo a de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Se a denúncia for aceita, os sete investigados se tornarão réus e passarão a responder criminalmente no STF por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, o Supremo já tornou réus 14 acusados pertencentes aos núcleos 1 e 2, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros oito aliados, denunciados em março. Ainda restam ser analisadas as denúncias relativas aos núcleos 3 e 5.