
Trump ironiza suposto treinamento militar de civis na Venezuela em publicação nas redes sociais
Presidente dos EUA compartilhou vídeo com tom de deboche em meio a tensões diplomáticas e reforço militar na região

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, debochou de um suposto treinamento militar de civis na Venezuela, em meio ao aumento das tensões entre os dois países. Em uma publicação feita nesta segunda-feira (22), na plataforma Truth Social, Trump compartilhou um vídeo com imagens que, segundo ele, mostram milicianos venezuelanos em exercícios de combate.
Na legenda, o líder norte-americano escreveu em tom de ironia: “ULTRASSECRETO: Pegamos a milícia venezuelana em treinamento”, acrescentando ainda que se tratava de “uma ameaça gravíssima”.
A autenticidade do vídeo, no entanto, não foi confirmada. Relatos indicam que as imagens não retratam um treinamento militar oficial, mas Trump utilizou o material para criticar o governo de Nicolás Maduro, que recentemente tem promovido ações com civis armados como resposta às ameaças norte-americanas.
Entenda:
No último mês, os Estados Unidos deslocaram navios de guerra e caças F-35 para uma base militar em Porto Rico, reforçando a presença militar no Caribe. A movimentação faz parte de uma ofensiva do governo Trump contra o que a Casa Branca classifica como “narcoterrorismo” na América Latina.
Um dos principais alvos dessa campanha é o cartel de Los Soles, apontado por Washington como responsável por tráfico internacional de drogas e ligado diretamente ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. Recentemente, o grupo foi incluído na lista norte-americana de organizações terroristas.
Essa designação abriu brechas legais para que tropas dos EUA realizem operações militares fora do território americano, sob o argumento de combate ao terrorismo. Desde então, três embarcações supostamente vindas da Venezuela com drogas foram destruídas no mar do Caribe, resultando na morte de 14 pessoas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou as ações, classificando-as como “execuções extrajudiciais”, enquanto diplomatas alertam para o risco de agravamento da crise na região.
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