Veja como o PT trabalha para minar poder do PSD na Bahia

Conhecido pelo seu farto apetite pelo poder, o PT tem trabalho para diminuir a influência do PSD na Bahia. O partido do senador Otto Alencar é o que detém o maior número de prefeitura no Estado (e no país, diga-se de passagem), além de conseguir construir bancadas relevantes na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e na Câmara dos Deputados, mas, nos últimos meses, o PT, seu principal aliado, tem trabalhado incessantemente para barrar o crescimento da legenda.

A mais nova tentativa parece estar firmada no “apoio” da legenda à recondução de Adolfo Menezes (PSD) na presidência da Alba. Embora negue, a ideia da legenda é que, na iminência da queda de Adolfo, o partido se apodere da Casa Legislativa. Até por isso, escalou para a vice-presidência da chapa de Adolfo Rosemberg Pinto (PT), nome que nunca escondeu seus anseios pela cadeira.

Outro avanço do PT está na eleição da União dos Municípios da Bahia (UPB). Comandada atualmente por Quinho (PSD), o partido tem manifestado apoio aberto a Wilson Cardoso (PSB), que, embora não seja do PT, tem ampla e conhecida ligação com o senador petista Jaques Wagner.

Soma-se a isso, ainda, a já manifesta vontade do partido de dominar a chapa que disputará a eleição em 2026, com Jerônimo Rodrigues (PT) candidato à reeleição, Wagner (PT) tentando recondução ao Senado, ao lado de Rui Costa (PT), sobrando para os aliados – incluindo o PSD – a nada honrosa vaga de vice, que, atualmente, é ocupada por Geraldo Júnior, do MDB, que não comanda R$ 1 do orçamento público estadual.