
Vereador Sandro Filho critica ausência de Eliete Paraguassu na Câmara após denúncia de perseguição em Ilha de Maré

Durante sessão na Câmara Municipal de Salvador nesta segunda-feira (11), o vereador Sandro Filho (PP) comentou a denúncia feita pela representante da associação quilombola de moradores, marisqueiras e pescadores de Ilha de Maré, Luana do Brasil Pinto, contra a vereadora Eliete Paraguassu (Psol).
A representante acusou a edil de homofobia, perseguição e irregularidades administrativas nas comunidades de Porto dos Cavalos, Martelo e Ponta Grossa.
Sandro Filho criticou a ausência de Eliete Paraguassu na sessão, destacando que a vereadora não compareceu para ouvir as denúncias feitas pela própria comunidade que afirma representar.
“Parece que a vereadora Eliete Paraguaçu não está presente. Esqueceu que é vereadora, não veio trabalhar. Eu quero elencar um ponto importante aqui. A população de Ilha de Maré veio até aqui hoje, com recurso próprio, subiu aqui na tribuna e fez as denúncias”, disse o vereador.
“E eu fico muito triste, como foi o caso de hoje aqui, que veio o pessoal da Ilha de Maré fazer um questionamento, fazer uma cobrança para a vereadora Eliette Paraguaçu, que está aqui com a denúncia no Ministério Público de falsidade ideológica, de fraude na eleição da própria associação que ela faz parte. Mas ela não está aqui, ela não está aqui presente hoje”, continua Sandro Filho.
Além da ausência, o vereador comentou denúncias envolvendo a associação quilombola, da qual Eliete faz parte, sobre a suposta falta de prestação de contas de cerca de R$ 1 milhão em emendas recebidas. “A gente vê aqui a vereadora Elias Paraguaçu subindo o plenário para dizer que defende a população, mas por trás das câmeras ela recebe o salário de R$ 26 mil para não vir nem para a sessão, deixar o povo aqui falando sozinho e parece aí que movimentou R$ 1 milhão sem prestar contas. Eu farei o que deve ser feito, eu vou denunciar sempre que for necessário”, completou o vereador.
O vereador Hamilton Assis (Psol), companheiro de partido da vereadora Eliete Paraguassu, explicou a ausência dela na sessão e a defendeu diante das denúncias.
Segundo Hamilton, Eliete precisou se ausentar devido a uma intercorrência familiar de última hora. “A vereadora estava presente em reunião das oposições com o presidente da Casa pouco antes da sessão, e ela me pediu para deixar registrado que, na primeira oportunidade, com certeza vai vir aqui, Sandro, para debater e explicar tudo o que for preciso”, afirmou Hamilton Assis.
O vereador também destacou que grande parte das acusações feitas contra Eliete dizem respeito a fatos anteriores ao seu mandato. “Eu acho que ela vai poder explicar, porque faz parte da luta política que acontece nos movimentos sociais diversos. E a gente sabe que tem espaço de luta, de poder, também, nesses espaços”, disse Hamilton.
Por fim, o vereador ressaltou ainda que os embates e questionamentos devem ocorrer com respeito e dentro dos limites da democracia.
“A nossa luta é dinâmica, a política não se resume a essa casa, se resume também a outros espaços onde pessoas que divergem da gente, que têm opinião contrária, que seguem outros princípios ideológicos, etc., se manifestam, discordam, isso dá justiça, isso dá questionamento, a gente sabe disso. Eu tenho certeza que a companheira vai se posicionar para poder explicar tudo o que aconteceu”, completou o vereador Hamilton.