“Vida do governo no Congresso vai ficar difícil”, dizem aliados de Hugo Motta

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetar o aumento do número de deputados federais de 513 para 531, aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disseram que “a vida do governo no Congresso vai ficar muito difícil a partir de agora”.

Segundo informações de Valdo Cruz do G1, as propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê o fim da isenção sobre Imposto de Renda de Letras de Crédito Agrícola (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) não devem ser aprovadas. 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tentaram convencer Lula a evitar o veto e deixar que a sanção fosse feita pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Alcolumbre, inclusive, foi decisivo na aprovação do projeto no Senado. Seu voto garantiu os 41 votos necessários para que o texto passasse, sem ele, a matéria teria sido rejeitada. Por isso, o veto presidencial também foi interpretado como um recado direto a ele, que atuou nos bastidores a pedido de Hugo Motta para costurar o apoio necessário entre os senadores.

O projeto vetado nasceu de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu uma redistribuição das cadeiras da Câmara com base nas alterações populacionais registradas pelo Censo.