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Redação 26 de Setembro, 2025
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Wagner diverge do PT e defende debate sobre redução das penas no projeto de anistia

Política
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Redação 26 de Setembro, 2025

O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Congresso, contrariou a posição oficial do seu partido e defendeu a abertura de um debate sobre a redução das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.

Em entrevista nesta quinta-feira (25), ao Metrópoles, o senador afirmou que não considera a discussão uma afronta à democracia e ressaltou que o Congresso tem legitimidade para rever a dosimetria das punições previstas no Código Penal.

“Não se trata de ceder ou não ceder. Trata-se de achar razoável ou não. Eu sempre digo que acho razoável porque, repare, é o Código Penal. O Código Penal estabelece a pena para cada crime. Tem o crime de golpe de Estado, tem o crime de afronta à democracia, de balbúrdia, tumulto, como foi feito no 8 de Janeiro. Eu acho que o Congresso pode se debruçar sobre isso”, disse Wagner.

A fala contrasta com a posição oficial do Partido dos Trabalhadores, que já se manifestou contra o Projeto de Lei de Anistia. “Então, eu acho que a questão da dosimetria, que agora tem até uma posição contrária do PT, eu, pessoalmente, não vejo como uma afronta revisitar a dosimetria das penas. O Código Penal é alterado o tempo todo”, afirmou o senador.

Apesar da defesa de flexibilizar punições para os participantes de menor envolvimento, Wagner deixou claro que os financiadores e líderes dos atos não podem ser beneficiados.

“Nós vamos afrouxar um pouco a mão para o que eu chamo de massa de manobra, os “magrinhos”. E vamos concentrar o peso da punição naqueles que precisam ser mais severamente punidos. Quem são? Quem pensou em matar o presidente e o vice-presidente do TSE, quem quis derrubar uma eleição legítima como a do presidente Lula e do vice-presidente Alckmin”, completou Wagner.