
Wagner será um dos principais nomes do governo na CPMI do INSS
Adiamento deu tempo extra ao governo para articular sua base e reforçar estratégia

O senador baiano Jaques Wagner (PT-BA) deve assumir um papel de destaque na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), cuja criação será oficializada nesta terça-feira (17), com a leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A CPMI investigará temas de interesse direto do governo federal e da oposição, tornando-se um novo palco de embates políticos em Brasília.
Além de Wagner, a chamada “tropa de choque” governista contará com nomes como Randolfe Rodrigues (PT-AP), Fabiano Contarato (PT-ES) e Omar Aziz (PSD-AM), cotado para presidir o colegiado. Todos eles tiveram atuação de destaque durante a CPI da Covid e agora voltam à linha de frente.
A relatoria da CPMI ficará com o PL, partido da oposição, que ainda avalia entre dois nomes: o deputado Coronel Crisóstomo (PL-RO), que liderou o primeiro movimento por uma CPI na Câmara, e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), responsável pela coleta de assinaturas para o formato misto da comissão.
A expectativa inicial era que a CPMI fosse instalada ainda em maio, mas o impasse envolvendo a análise de vetos presidenciais adiou a sessão do Congresso para 17 de junho. O adiamento deu tempo extra ao governo para articular sua base e reforçar a estratégia de atuação.
Após conversas entre o presidente Lula e Davi Alcolumbre, aliados governistas passaram a tratar a instalação da CPMI como um processo inevitável e defenderam a formação de uma equipe mais experiente para o enfrentamento político que se aproxima. A escolha de Jaques Wagner reforça essa movimentação, já que o senador baiano é considerado um dos articuladores mais habilidosos do governo no Senado.