Zé Cocá fala sobre o cenário político na Bahia e evita definir quem vai apoiar em 2026

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), comentou nesta terça-feira (26), em entrevista ao programa Se Ligue Bahia, sobre o cenário político da Bahia e as especulações envolvendo seu nome nas eleições de 2026. Durante a conversa, o gestor destacou ainda que sua prioridade é concluir o mandato.

Ao ser questionado sobre possíveis apoios em 2026, mesmo não sendo candidato, Cocá fez questão de destacar sua gratidão a lideranças políticas como o secretário de governo da prefeitura de Salvador, Cacá Leão (PP) e o deputado federal João Leão (PP).

“Cacá e Leão para mim são pessoas que moram eternamente em meu coração. Cacá é um irmão, Leão é um pai, tem me ajudado muito, sou grato”, afirmou.

O prefeito também falou que sua atuação política vai além de disputas eleitorais e se concentra em pautas estratégicas para o município. “Nós precisamos do aeroporto regional de Jequié, de um novo polo industrial, precisamos da discussão do novo sistema de irrigação da microregião, que pode gerar de 10 a 15 mil empregos diretos. Eu não vou atrás de governador pedir uma pracinha, uma pequena obra. Minha intenção é discutir obras macros”, declarou.

Sobre a especulação de que poderia compor uma chapa majoritária com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) para o governo da Bahia em 2026, Cocá reagiu com cautela. “É uma honra ser lembrado para fazer uma majoritária, mas está muito cedo. Ninguém é candidato a vice. A política é um carro andando. Neto é um grande nome, fez uma transformação em Salvador, mas ainda está prematuro discutir isso. É hora de construir, fortalecer e debater”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de o PT lançar uma chapa puro-sangue no estado, o prefeito avaliou que a estratégia pode ser um erro. “Não tenho dúvidas que o PT possa ter dado um tiro no pé. Política é dialogar. Pode ser uma chapa puro-sangue? Pode, mas precisa ser construída em consenso com o grupo. Se não for assim, cria um clima ruim e política sem motivação não presta”, avaliou.

Cocá também respondeu sobre a chance de disputar uma vaga em 2026. Segundo ele, sua prioridade é finalizar o mandato em Jequié. “O meu coração pede que eu termine o meu mandato. Fui prefeito de Lafaiete Coutinho, deputado, agora reeleito prefeito de Jequié com quase 92% dos votos. Isso nos credenciou e o povo quer que eu cumpra meu mandato”, afirmou.

No entanto, não descartou a possibilidade caso haja uma ampla construção política. “Se fosse uma construção muito bem ordenada, muito conversada com a sociedade, poderia ser. Minha luta é fortalecer as políticas regionais e descentralizar receitas para que o interior também se desenvolva”, pontuou.

Sobre a federação entre União Brasil e PP, que originou o União Progressistas, o prefeito destacou que o arranjo tem impacto nacional e estadual, mas que, em nível local, as divergências são naturais. “A federação foi muito importante no sentido federal e estadual, mas os municípios às vezes têm divergências. Aqui, por exemplo, o PV foi vice da minha oposição, mas depois declarou apoio a mim. Política municipal e estadual às vezes tem diferenças, e é isso que torna o debate complexo”, concluiu.