
Anvisa mapeia laboratórios com tecnologia para detectar metanol em amostras de sangue
Medida busca ampliar a capacidade de diagnóstico e resposta rápida a casos de intoxicação, após aumento de ocorrências e mortes no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, nesta segunda-feira (13), um edital de chamamento para identificar laboratórios públicos, privados e universitários com estrutura e metodologias validadas para detecção de metanol em amostras de sangue.
A medida busca fortalecer a resposta nacional a casos de intoxicação pelo composto químico, integrando ações entre a Anvisa, o Ministério da Saúde e demais órgãos do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
O mapeamento permitirá conhecer a capacidade diagnóstica disponível no país e aprimorar futuras ações de vigilância e cooperação técnica.
O método usado — cromatografia gasosa — separa e identifica compostos no sangue, urina ou tecidos com alta precisão e resultados em até uma hora. O processo, realizado em frascos lacrados e aquecidos, evita contaminações e garante confiabilidade nas análises.
Em São Paulo, o Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof), da USP de Ribeirão Preto, é referência nacional nessa tecnologia. O estado concentra 28 dos 32 casos confirmados de intoxicação por metanol no país, com cinco mortes já registradas. Outros 181 casos seguem em investigação em diferentes estados brasileiros.