
Com registro aprovado, vacina da Chikungunya será analisada para distribuição no SUS
Imunizante será analisado pela Conitec

O Ministério da Saúde anunciou que solicitará a incorporação da vacina contra Chikungunya ao Sistema Único de Saúde (SUS), após a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido será enviado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar a adoção de novas tecnologias na rede pública.
A expectativa da pasta é incluir a vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI), ampliando a estratégia de enfrentamento às arboviroses. O imunizante, de dose única, é indicado para adultos a partir de 18 anos com maior risco de exposição ao vírus. Não é recomendado para gestantes nem para pessoas imunocomprometidas.
Desenvolvida pelo laboratório austríaco Valneva, em parceria com o Instituto Butantan, a vacina será inicialmente produzida na Alemanha. A previsão é de que a tecnologia seja transferida futuramente para o Butantan, que ficará responsável pela fabricação no Brasil.
Segundo a Anvisa, a aprovação se baseou em dados clínicos que comprovaram eficácia, segurança e qualidade. Os estudos apontaram uma resposta imunológica robusta, com produção de anticorpos neutralizantes e perfil de segurança satisfatório. Um termo de compromisso firmado com o Instituto Butantan prevê estudos adicionais de efetividade e monitoramento de segurança no país.
Transmissível pelo mosquito Aedes aegypti — também vetor da dengue e da zika —, o vírus Chikungunya provoca febre alta e dores intensas nas articulações, que podem se tornar crônicas. Introduzida no Brasil em 2014, a doença já foi registrada em todos os estados. Até 14 de abril deste ano, foram notificados 68,1 mil casos e 56 mortes.