Nova variante da gripe acende alerta no Brasil; veja sintomas
Uma nova variante do vírus Influenza A (H3N2), popularmente chamada de “super gripe”, tem gerado alerta entre autoridades de saúde desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, no último dia 12 de dezembro. Classificada como subclado K (J.2.4.1), a mutação motivou um comunicado de atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) por causa do avanço da doença em outros países.
De acordo com especialistas, a infecção tem apresentado sintomas mais prolongados, que demoram a regredir mesmo com o uso de medicamentos. Crianças, idosos e pessoas com comorbidades formam o grupo mais vulnerável, com maior risco de agravamento e necessidade de internação.
Embora o único registro confirmado no país até o momento tenha ocorrido no estado do Pará, autoridades de saúde avaliam que o vírus pode se espalhar com mais facilidade durante o verão. O aumento da circulação de pessoas em razão das férias, festas populares e atividades em praias é apontado como um fator de risco para a disseminação.
Na Europa, a situação tem sido acompanhada com atenção. Em alguns países, há a circulação simultânea de até sete cepas do vírus influenza, o que resultou em crescimento no número de internações e reforçou o alerta internacional.
Principais sintomas da “super gripe”
Entre os sinais mais relatados estão:
- Febre alta logo no início do quadro;
- Dor e inflamação na garganta;
- Calafrios;
- Dores intensas no corpo;
- Cansaço extremo;
- Tosse persistente;
- Mal-estar geral;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Irritação nos olhos.
O tratamento inicial inclui repouso e hidratação, além da orientação médica para o uso adequado de medicamentos. Especialistas reforçam que a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção, ajudando a reduzir complicações e a pressão sobre o sistema de saúde.
Primeiro caso confirmado no país
A circulação do influenza voltou ao foco das autoridades após a confirmação do primeiro caso do subclado K da Influenza A (H3N2) no Brasil. A identificação ocorreu em amostras analisadas no Pará e foi divulgada no Informe de Vigilância das Síndromes Gripais, referente à Semana Epidemiológica 49, publicado em 12 de dezembro pelo Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, além do subclado K, também chamado de “gripe K”, foi detectada a presença do subclado J.2.4. As duas variantes já vinham sendo monitoradas em regiões da América do Norte, Europa e Ásia antes de chegarem ao Brasil. O ministério destaca, no entanto, que o aumento da circulação do H3N2 no país já vinha sendo observado antes mesmo da confirmação dessas mutações específicas.