Salvador registra caso de raiva em cão após duas décadas; prefeitura emite alerta epidemiológico
Filhote resgatado em Sussuarana morreu em novembro; dois cavalos também testaram positivo
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que um filhote de cachorro diagnosticado com raiva reacendeu o alerta epidemiológico em Salvador, após mais de 20 anos sem registros da doença em cães e gatos na capital.
O animal, resgatado das ruas de Sussuarana e com menos de três meses de vida, morreu no dia 20 de novembro. O exame feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) confirmou a infecção oito dias depois. Segundo a SMS, o filhote pode ter sido exposto a animais silvestres antes da adoção. Para essa idade, o Ministério da Saúde não indica a vacina antirrábica.
Com o resultado positivo, a prefeitura iniciou ações de bloqueio vacinal na área onde o cão circulou, além de busca ativa de pessoas e animais que tiveram contato com ele. Equipes também realizam visitas casa a casa, vacinação de cães e gatos do entorno, orientações aos moradores e monitoramento clínico. As investigações seguem em conjunto com a vigilância estadual e o Ministério da Saúde.
Dois cavalos também testaram positivo para raiva neste ano, sendo um caso em janeiro e outro em novembro, ambos confirmados pelo Lacen-BA. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) informou que havia outros animais suspeitos na região, mas alguns proprietários descartaram os corpos sem comunicar às autoridades, o que impediu a análise adequada.
A raiva tem letalidade próxima de 100% após o início dos sintomas. Em casos suspeitos, a recomendação é evitar contato com morcegos mortos ou caídos, observar sinais nos animais e acionar imediatamente a Vigilância Epidemiológica. Em caso de mordidas, arranhões ou contato com saliva de animais suspeitos, é necessário buscar atendimento médico urgente para avaliação e profilaxia antirrábica.