Bahia tem apenas um agente penitenciário para cada 70 detentos
Situação coloca em risco segurança e assistência a detentos
A crise no sistema prisional da Bahia atinge um novo patamar com o efetivo insuficiente de agentes penitenciários, segundo alerta emitido pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb). Com apenas um policial penal para cada 70 detentos, a situação coloca em risco não apenas a segurança dentro das unidades prisionais, mas também a assistência aos presos.
O presidente do sindicato, Reivon Pimentel, ressalta que a escassez de pessoal gera um ambiente de estresse e sobrecarga para os trabalhadores, enquanto contribui para a deterioração das condições de detenção. Apesar da autorização do Governo do Estado para a abertura de concurso com 287 vagas para policiais penais na capital e no interior, o número é considerado insuficiente para atender à demanda.
“Nós precisaríamos de um efetivo composto por, pelo menos, mais dois mil policiais para garantir um funcionamento adequado do sistema prisional”, afirma Pimentel.
A carência de agentes penitenciários também afeta diretamente a assistência jurídica aos detentos, conforme apontado por uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). Advogados enfrentam dificuldades para se comunicar com seus clientes e muitas vezes enfrentam longas esperas para conseguir acesso aos presos.