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Vittor Amorim 05 de Junho, 2025
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Ex-capitão do BOPE alerta para domínio de facções na Bahia: “Pode virar o Rio de Janeiro”

Segurança
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Vittor Amorim 05 de Junho, 2025

O ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, fez um alerta sobre o avanço das facções criminosas na Bahia, durante participação no evento SOS Bahia, realizado nesta quinta-feira (5), no Hotel Fiesta, em Salvador. Segundo ele, o estado corre o risco de repetir o cenário de violência urbana do Rio de Janeiro, com comunidades dominadas por organizações criminosas e marcadas por barricadas nas ruas.

Pimentel destacou que a Polícia Militar da Bahia vem atuando de forma firme, mas afirmou que o modelo de dominação territorial, comum em favelas do Rio, já começa a se repetir em cidades baianas.

“Deixar muito claro que eu sou um admirador da Polícia da Bahia, da Polícia Militar da Bahia e a gente tem acompanhado o número de prisões e também de mortes e enfrentamento e a polícia está trabalhando como nunca. Então deixar claro que as polícias militar e civil executores de políticas de segurança pública. Eu digo que vai virar o Rio de Janeiro, em questão de uma única possibilidade, em questão de domínio territorial e o que eu vi no Rio Janeiro, infelizmente, ele exporta esse modelo para o Brasil”, destacou Pimentel.

O ex-capitão e também autor da obra ‘Tropa de Elite’, explicou que esse tipo de ocupação não visa apenas o lucro do tráfico, mas a imposição do medo e do pânico.

“O que eu vi do Rio de Janeiro é que as facções preferem dominar territórios a simplesmente vender drogas. E a dominação territorial é simbolizada através de uma barricada. Então, quando eu comecei a receber imagens de barricadas na Bahia, eu sei que a polícia militar está atuando com muita velocidade para retirar essas barricadas, eu percebo claramente que a Bahia está se tornando o Rio de Janeiro. O modo operandis é exatamente igual. Domínio territorial e a imposição do terror”, afirmou Rodrigo.

Pimentel também criticou o governo federal por, segundo ele, se recusar a classificar as facções como organizações terroristas. “No momento exato que o governo federal banca a ideia de não considerar as facções, organizações terroristas. É uma baita de uma irresponsabilidade. A própria exemplificação da palavra terrorismo é medo e pânico. É o que o Comando Vermelho está fazendo aqui, é o que o BDM está fazendo aqui, é o que o PCC está fazendo aqui. Então, a minha ideia disso aqui virar o Rio de Janeiro é justamente em função da ocupação e domínio territorial”, concluiu o ex-capitão.

 

Com informações de Leonardo Valente.