
Falta de dados expõe apagamento de violência contra população LGBTQIAPN+ na Bahia

Apesar de figurar entre os estados com altos índices de violência, a Bahia não apresentou dados oficiais sobre homicídios contra pessoas LGBTQIAPN+ no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado nesta quinta-feira (25). A ausência de informações foi classificada como sintoma da própria violência: quando o Estado não reconhece oficialmente as mortes.
Segundo o relatório, além da Bahia, outros estados como Amazonas e Rio de Janeiro também deixaram de fornecer registros de assassinatos contra essa população em 2024.
Em relação aos registros disponíveis, a Bahia apareceu entre os três estados com maior número de estupros contra pessoas LGBTQIAPN+ no último ano, com 48 casos. No entanto, não houve qualquer informação sobre homicídios.
Enquanto isso, o monitoramento feito por organizações da sociedade civil, como o Grupo Gay da Bahia (GGB), mostra que o estado registrou, em 2024, ao menos 122 assassinatos de pessoas trans no país, sendo 117 travestis e mulheres trans e cinco homens trans. Entre os casos, 78% eram pessoas negras.