Motorista entrega corpo de mulher trans na delegacia e é liberado após confessar crime em Luís Eduardo Magalhães
A Polícia Civil da Bahia investiga como feminicídio a morte de Rhianna, mulher trans de 18 anos, assassinada com um golpe “mata-leão” no fim de semana em Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado. O suspeito, um motorista por aplicativo de 19 anos, levou o corpo da vítima até a delegacia da cidade, admitiu o crime e, mesmo assim, acabou liberado após alegar legítima defesa.
Segundo a corporação, o motorista se apresentou espontaneamente, acompanhado de uma advogada. O nome dele não foi divulgado.
No relato à polícia, o suspeito afirmou que contratou Rhianna, que morava em Barreiras, a cerca de 90 km dali, para um programa sexual. Após o encontro, enquanto a levava de volta, os dois discutiram. Ele disse que a jovem o ameaçou expor o programa e mencionou uma possível acusação de estupro. A polícia não esclareceu se o motorista confessou o crime sexual ou se alegou que seria uma falsa acusação.
Ainda segundo a versão dele, ele estrangulou a vítima ao acreditar que ela buscaria um objeto na bolsa. Depois, dirigiu até a delegacia pedindo socorro. Uma equipe do Samu foi acionada, mas Rhianna já estava morta. O suspeito foi liberado na sequência.
A morte de Rhianna gerou grande comoção. Uma familiar desabafou nas redes sociais: “Tiraram uma filha, uma irmã, um ser humano cheio de luz e vontade de vencer”. Outras pessoas próximas também cobraram responsabilização.
De acordo com a TV Oeste, a jovem deve ser sepultada em América Dourada, a cerca de 240 km de Salvador.