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Redação 06 de Abril, 2024
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Bafafá, fofocagem e agonia: Jorge Araújo fala sobre sucesso na TV baiana com jornalismo leve e descontraído

Bahia
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Redação 06 de Abril, 2024

Jorge é apresentador do Programa Se Ligue Bahia, na Itapoan FM, e repórter da Band Bahia

Onde tem bafafá, fofocagem e agonia, Jorge Araújo pode aparecer. O apresentador do programa Se Ligue Bahia, na Itapoan FM, e mais novo repórter da Band Bahia, após ser demitido pela segunda vez da Record TV, está sempre viralizando na internet.

Em menos de duas semanas na nova emissora, ao menos três participações suas já viralizaram nas redes sociais. A inauguração do Hospital Veterinário de Salvador, a “bronca” na antiga emissora e Bolsonaro na cadeira de balanço.

Apesar de ser reconhecido como o Rei dos Memes na televisão baiana, Jorge disse que nunca se achou engraçado, e que a sua capacidade de fazer um jornalismo mais leve na TV foi ativada após um conselho de uma amiga.

“Há uns 10 anos, uma amiga minha disse que eu tinha um olhar engraçado e que era para eu começar a fazer matéria engraçada que com certeza ia dar certo, mas eu não me acho engraçado, sabe? Só que o povo se identificou, e pegou.

Então, eu sigo fazendo matérias que o povo gosta, indo para esse lado mais leve. Até porque a gente também identificou que na época que eu comecei, a televisão tinha muito sangue. E aí eu fui por outro lado, que é o da paz, da política da boa vizinhança. E graças a Deus tô assim até hoje”, contou Jorge, em entrevista ao Bahia Notícias.

Em meio a um jornalismo dito “sencacionalista” da TV baiana, o radialista vinha com um diferencial: sua intenção era transmitir informações sérias e importantes, de forma mais leve e descontraída. “Acho que aquela época do sangue, do corpo na rua, da família chorando, de fazer aquele paredão com um bandido que tá ali que a polícia pegou, isso acabou. Acho que a internet veio também para mudar esse tipo de jornalismo. O povo quer algo mais dinâmico. Na rádio Sociedade, eu ia todos os dias fazer reportagem na porta do Hospital Geral do Estado para saber quem foi que tomou facada, quem foi que tomou tiro, e depois de um tempo eles tiraram isso. Hoje é mais diferente, eu acho que hoje não cabe mais sangue na televisão, o sangue já jorrou demais.”

Jorge começou sua carreira no rádio, experiência que ele considera importante para desenvolver a habilidade de contornar situações na rua e pensar rápido. “Eu sou radialista. Não sou jornalista. Então assim quando eu saio para fazer pauta, eu tenho que faço minhas pautas e eu só penso na hora, entendeu? Eu não saio escrevendo o que eu vou fazer, como é que funciona. Para mim é ali na hora, é no improviso, sempre foi assim tanto no rádio quanto na televisão.”

Um caso recente em que o Jorge se saiu bem foi quando uma entrevistada, enquanto ele estava com o microfone da Band, pediu para avisar algo à antiga emissora. “Essa semana a coroa mandou um recado para a Record e eu disse que não estava mais lá, que me demitiram várias vezes. Já não aguento mais. É também um desabafo, entendeu? Não deixa de ser um desabafo e também uma brincadeira”.

O repórter deixou a Record antes de completar um ano de contratado, logo após o Carnaval deste ano. Ele tinha retornado à emissora após um período na TV Aratu, de onde também foi demitido.

“Haja assinar carta de demissão, tá repreendido (risos). O pior não é nem a carta de demissão, é a carta de recomendação. A pessoa tá lá falando que você é uma pessoa boa, funcionário exemplar, mas se f*, caiu fora lá que não deu. Acho que não tem comunicador que foi mais demitido do que eu nos últimos tempos. Em um ano eu saí da Itapoan, saí da Salvador FM, saí da Record e da Aratu. E tudo dizendo que eu sou bom, sou uma pessoa boa e que não presto. É um negócio sério (risos).”