FLITA 2024: Aratuípe celebra cultura baiana com poesia, literatura e arte

FLITA 2024: Aratuípe celebra cultura baiana com poesia, literatura e arte

A pequena cidade de Aratuípe, localizada na região do Baixo Sul da Bahia, se prepara para receber mais uma edição da Festa Literária de Aratuípe (FLITA). O evento, que chega à sua quarta edição, acontece entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro e promete reunir escritores, artistas e leitores de todas as idades em uma programação gratuita e diversificada.

Com foco na valorização da literatura e da cultura baiana, a FLITA terá um elenco 100% composto por escritores locais, como destacou a curadora do evento, Meg Heloise. “A FLITA visa promover reflexões sobre o poder encantatório da palavra literária, explorando seus desvios, insólitos, estranhezas e fabulações. É uma festa para todos, que valoriza a comunidade local e o território”, explicou.

Entre os destaques está a escritora Luciany Aparecida, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2024 e finalista do Prêmio Jabuti. Autora de Mata Doce, obra que aborda ancestralidade e histórias familiares, Luciany participará da mesa “Fabular é preciso: Entre o real e o ficcional na literatura”, no dia 30 de novembro, ao lado da também escritora baiana Livia Natália.

Nos cinco dias de evento, o público poderá participar de oficinas de escrita criativa, fotografia, dança e teatro, além de rodas de conversa, lançamentos de livros, saraus, slams e apresentações culturais.

Uma das atividades mais esperadas é a trilha guiada para as ruínas da Igreja Santo Antônio dos Índios, a primeira construída na cidade. “Essa vivência encantada é parte do nosso esforço em promover um olhar de encantamento para o território e a comunidade local”, destacou Meg Heloise.

Outro nome de peso na programação é o do jornalista e escritor Ricardo Ishmael, autor de Por que as Nuvens Choram?, que retorna à FLITA para participar da mesa de encerramento no dia 1º de dezembro. A atividade, intitulada “Bahia: terra de encantados”, contará também com a participação de Nancy de Souza e Silva, conhecida como Vovó Cici de Oxalá, que trará sua sabedoria em contação de histórias milenares.

Pensando no público infantil e infantojuvenil, a FLITA reserva um espaço especial: a FLITINHA. Estudantes das redes municipal e estadual participarão de contações de histórias, apresentações culturais e bate-papos voltados à literatura para as infâncias. Autores como Jamile Menezes, Edilson Espínola e Ionã Scarante estão entre os convidados dessa programação.

A FLITA também abre espaço para novos nomes da literatura baiana, como Calila das Mercês, Edma Goes e Edgard Abbehusen, além de contar com apresentações musicais, espetáculos teatrais e manifestações culturais locais, como o Terno de Reis e apresentações de fanfarras.

Primeira festa literária realizada na região, a FLITA se consolida como um evento de destaque no calendário cultural baiano, inspirando iniciativas similares em outras cidades do estado. “É uma festa que acolhe individualidades e coletividades, conectando a identidade do Recôncavo ao Baixo Sul. A FLITA é um exemplo de resistência e celebração cultural”, finalizou a curadora.

Programação completa: