
‘Mais um golpe do Governo do Estado’, diz líder rodoviário após corte de linhas na RMS
Presidente do Sindmetro, Mário Cléber denunciou favorecimento da gestão ao transporte clandestino

Nesta semana, a empresa de ônibus Costa Verde, que opera na Região Metropolitana de Salvador (RMS), anunciou o encerramento de suas atividades após 30 anos.
O líder do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro), Mário Cléber, em entrevista ao Se Ligue Bahia, atribuiu o fato ao “descaso do governo do estado” e denunciou um favorecimento da gestão ao transporte clandestino. A categoria fará uma manifestação nesta sexta-feira (12), em Lauro de Freitas.
“A categoria está em polvorosa com esse corte de linhas que será executado dia 27 pelo governo do estado. Nós estamos tentando, junto com outras empresas, realocar esses trabalhadores. […] É uma empresa que sempre honrou com seus compromissos, e nós não temos dúvida que não é agora que ela vai deixar de honrar. É mais um golpe dado pelo governo do estado em atingir 1520 pessoas”, inicia o presidente do Sindmetro.
Para ele, o mau trato com as empresas se relaciona com um suposto esquema de manutenção do transporte paralelo que se arrasta pelas gestões do PT na Bahia.
“Esse processo de deterioração do transporte metropolitano, executado pelo então governador Rui Costa e dado continuidade pelo governador Jerônimo, quer acabar com o sistema de transporte metropolitano para beneficiar os clandestinos. É uma intenção do governo fazer com que o clandestino opere, porque são apadrinhados de muitos políticos que estão ao lado do governador e eles querem utilizar como moeda de troca”, diz Mário Cléber.
Com o corte de linhas via orla e o fechamento da empresa, o governo, em conjunto com o Ministério Público do Estado da Bahia, estão atingindo, direta e indiretamente, 1.520 trabalhadores rodoviários e mais de um milhão e meio de usuários do transporte, segundo o sindicato.