
Quem foi “Chucky”, o criminoso baiano ligado a mais de 20 homicídios na Bahia
O apelido surgiu pela semelhança com o personagem do filme “Brinquedo Assassino”

Apontado pela polícia como autor de mais de 20 assassinatos, Marcelo de Jesus Silva, conhecido como “Chucky”, integrou um grupo de extermínio que atuava em Salvador e na Região Metropolitana nos anos 2000.
Com 1,28 metro de altura, o criminoso chamou atenção pela desproporção entre o tamanho e a brutalidade de suas ações, o que o transformou em uma figura emblemática do crime baiano.
Segundo investigações da Polícia Civil, Marcelo era o braço direito do traficante João Teixeira Leal, o “Jão”, e participava de execuções por encomenda, assaltos e disputas entre facções. O apelido “Chucky” surgiu pela semelhança com o personagem do filme “Brinquedo Assassino”, reforçando sua fama de violência.
Crimes:
Entre os crimes atribuídos a Chucky, o mais notório foi o triplo homicídio de 2006, em Alto do Cabrito, que vitimou três homens ligados ao tráfico. A polícia o apontava como envolvido em mais de 20 assassinatos, além de execuções por encomenda e assaltos.
A fama de Marcelo também cresceu pelas formas improváveis de escapar da prisão. Em uma das fugas, ele teria se escondido dentro de um telefone público para despistar policiais. Em outra ocasião, foi visto atirando com uma metralhadora enquanto era carregado nos ombros de um comparsa.
Durante uma operação, sua pequena estatura o ajudou a passar despercebido: um policial chegou a afirmar que “só um anão passou”, sem imaginar que havia deixado escapar o criminoso mais procurado da região.
A trajetória de Chucky terminou de forma tão violenta quanto sua vida criminosa. Em 3 de dezembro de 2010, ele foi assassinado por traficantes rivais na Lagoa da Paixão, em Salvador. O corpo foi encontrado com sinais de tortura, braços decepados e rosto desfigurado, pendurado de cabeça para baixo em um contêiner de lixo.
A Polícia Civil acredita que o crime foi uma retaliação de facções rivais, após Marcelo ter praticado assaltos em territórios dominados por outros grupos.
Mesmo após a morte, o nome de Marcelo de Jesus Silva ultrapassou as fronteiras da Bahia — e do Brasil. Em 2024, o podcast norte-americano “Morning Cup of Murder” dedicou um episódio à sua história, descrevendo-o como “um criminoso de estatura incomum, mas de crueldade desproporcional”.
Com informações do portal A Tarde.