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Redação 18 de Março, 2025
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“Lá não tem nenhum criminoso” diz Gago da Feira sobre a comercialização de animais vivos na Feira de São Joaquim

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Redação 18 de Março, 2025

O comerciante Nilson Ávila, conhecido como Gago da Feira, presidente do Sindicato dos Feirantes da Feira de São Joaquim, em Salvador, criticou as declarações da vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) sobre a venda de animais vivos no local. Durante entrevista ao programa Se Ligue Bahia, da Itapoan FM, nesta terça-feira (18), ele defendeu os trabalhadores do setor e repudiou a acusação de que a prática seria criminosa.

Durante sessão na Câmara Municipal de Salvador nesta terça-feira (18), a vereadora denunciou a comercialização irregular de animais vivos na Feira de São Joaquim e cobrou providências das autoridades municipais.“São bodes, são aves, são peixes que estão lá vivendo de forma insalubre, sem água, sem alimentação correta, sendo comercializados ilegalmente”, falou a vereadora.

Em resposta ao pronunciamento da vereador, o presidente do Sindicato dos Feirantes da Feira de São Joaquim, o classificou como “baixo”.

“Ela dizer que é uma coisa criminosa, não tem criminoso. Todos os trabalhadores que vendem animais vivos foram liberados pela Vigilância Sanitária e pela ADAB. Se tem algo a ajustar, vamos negociar. Agora, vem com esse discurso baixo, chamando as pessoas de criminosos, um pai de família, um trabalhador. Então, a gente não vai aceitar esse tipo de ofensa aos nossos companheiros da Feira de São Joaquim”, afirmou Gago da Feira.

O presidente do sindicato também ressaltou a falta de apoio do poder público na organização da feira. “A gente fica ali, são oito mil pessoas. Nós, como sindicato, administramos uma feira com oito mil pessoas porque o poder público sempre vira as costas. Agora, querem colocar o poder público para punir? Já que ninguém fiscaliza, já que ninguém ordena? Agora chega para punir? Há muito tempo o poder público deu as costas para a Feira de São Joaquim. É a única feira nesse município que não faz parte do decreto de feira de mercados. O patinho feio dessa cidade. Quando falam da feira, é só para punir. Deixa o cidadão trabalhar lá como quer, do jeito que quer”, afirmou o presidente do sindicado.

O comerciante enfatizou que está aberto ao debate para melhorias e modernização da feira. “Se tem que melhorar, vamos melhorar. Se tem que modernizar, vamos modernizar. Agora, não cabe a uma vereadora dizer que o cidadão que trabalha com animais vivos, liberado pela Vigilância Sanitária e pela ADAB, está cometendo um crime. Lá não tem criminoso. A discussão está posta, mas tem que medir as palavras. Minha indignação maior foi essa. Chamar um trabalhador, um pai de família, de criminoso, alguém que está ali há 60 anos, com a anuência do município e do governo do estado, eu fico muito indignado”, finalizou Gago da Feira.