Vendedora ambulante reclama da falta de estrutura para trabalhadores no Carnaval
Jaiane de Jesus, vendedora ambulante há mais de 20 anos, está trabalhando no Carnaval e falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos ambulantes durante a festa. A mudança na data do evento e a falta de estrutura básica para os trabalhadores são algumas das principais queixas.
“Horrível, terrível! O Carnaval já foi bom, quando era uma época que não tinha muita chuva. Mas, depois que trocaram a data do Carnaval, tem muita chuva. Os ambulantes não conseguem trabalhar direito, os foliões não conseguem curtir direito, então é uma data que ficou muito ruim pra gente”, afirmou Jaiane. Segundo ela, os ambulantes são parte essencial da festa e sofrem com as condições adversas. “Porque, se não tiver os ambulantes, não tem os foliões! Então, ficou uma data muito ruim.”
Além das dificuldades impostas pelo clima, a vendedora também denuncia a falta de infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao acesso à água para os trabalhadores. “Outra questão também é a água! No tempo que era ACM, a avenida aqui, toda hora tinha carro-pipa para dar água pro povo e agora que não é mais ACM não tem um carro-pipa pro povo tomar banho. Nós somos humanos também! Somos filhos de Deus, precisamos tomar um banho, a gente precisa descansar”, relata.
Jaiane explica que, para quem passa horas na rua trabalhando sob o sol e a chuva, um banho ao final do dia faz diferença na recuperação para o dia seguinte.
“Pra descansar, tem que ser debaixo de uma barraca – e tudo bem, o principal problema não é esse, mas se tivesse pelo menos uma água pra gente tomar um banho, pra descansar, pra dormir com o corpo mais leve… Porque quando não é chuva, é o sol, então a gente precisa tomar um banho, pra no outro dia a gente trabalhar de novo! Nem isso a gente tem mais”, concluiu.
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