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Redação 10 de Outubro, 2025
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Lula anuncia novo crédito imobiliário para atender classe média

Economia
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Redação 10 de Outubro, 2025

Programa amplia o uso da poupança para financiar moradias e eleva o teto do Sistema Financeiro da Habitação para R$ 2,25 milhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo modelo de crédito imobiliário que amplia o acesso da classe média à moradia própria. O programa, apresentado durante o evento Incorpora 2025, em São Paulo, reestrutura o uso da poupança como fonte de financiamento e eleva o teto dos imóveis do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

Segundo Lula, a iniciativa busca atender uma parcela da população que não se enquadra nas faixas do programa Minha Casa, Minha Vida, mas ainda enfrenta dificuldades para financiar a casa própria.

“Esse programa foi feito pensando nessa gente, pensando em dar àqueles que ainda não têm direito, o direito de ter a sua casinha um pouco melhor”, afirmou o presidente, destacando que o modelo considera as condições econômicas e o direito à moradia digna.

O novo sistema também acaba gradualmente com os depósitos compulsórios no Banco Central, permitindo que todo o montante depositado na poupança seja usado como referência para o crédito habitacional. A transição será feita até 2027, com o objetivo de modernizar as regras do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e ampliar a oferta de financiamentos.

De acordo com o governo, a mudança deve permitir que a Caixa Econômica Federal financie 80 mil novas moradias até 2026, além de aumentar a competitividade entre as instituições financeiras.

“O novo modelo aumenta a competição, pois incorpora os depósitos interfinanceiros imobiliários ao direcionamento, o que permite que instituições que não captam poupança também concedam crédito habitacional em condições equivalentes às demais”, explicou o comunicado oficial.

O governo destacou ainda que o novo modelo fortalece o crédito imobiliário nacional, estimula o setor da construção civil e amplia o acesso da classe média à casa própria — segmento até então pouco contemplado pelas políticas habitacionais federais.