Palmeiras pede exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 após caso de racismo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, anunciou que solicitará à Conmebol a eliminação do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20. A decisão foi tomada após jogadores do time alviverde terem sido alvos de ofensas racistas durante a partida contra a equipe paraguaia, na última quinta-feira (6), no Paraguai. Torcedores do Cerro chamaram os atletas Figueiredo e Luighi de “macacos”.

Leila também criticou a postura do árbitro, que, segundo ela, não seguiu o protocolo da Fifa ao não interromper o jogo no momento das ofensas. A mandatária destacou que as regras da entidade determinam a paralisação da partida, a identificação dos responsáveis e a retomada do jogo apenas após a situação ser resolvida.

Durante coletiva, a dirigente revelou que tentou entrar em contato com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, mas não obteve resposta. Ela classificou a postura da confederação sul-americana como “displicente” diante do caso. Leila também recebeu apoio do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que se colocou à disposição para ajudar o clube a buscar providências.

Nas redes sociais, o Palmeiras reforçou que não medirá esforços para que os responsáveis sejam punidos. O clube paulista afirmou que seguirá cobrando medidas firmes das autoridades para garantir que episódios como esse não fiquem impunes.

Entenda o caso

O atacante Luighi, do Palmeiras, foi vítima de racismo durante a partida contra o Cerro Porteño, na última quinta-feira (6), pela Taça Conmebol Libertadores Sub-20, no Paraguai. O jogador foi alvo de gestos racistas e cusparadas vindas da torcida adversária ao deixar o campo para ser substituído.

Após o jogo, que terminou com vitória do Palmeiras por 3 a 0, Luighi, visivelmente abalado, evitou comentar sobre a partida e desabafou sobre o episódio. “A Conmebol vai fazer o que sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”, declarou o jogador.

Em nota oficial, o Palmeiras manifestou total apoio ao atleta e afirmou que buscará punição para os responsáveis. “É inadmissível que mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol”.

O clube paulista diz ainda que “irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos”.

Em nota, a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, afirmou que rejeita todo ato de racismo ou discriminação. E acrescentou que vai implementar medidas disciplinares apropriadas.