Após votação apertada do PGR no senado, Lula mantém Jorge Messias como favorito ao STF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve avançar, ainda nesta semana, na escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar do alerta provocado pela votação apertada que reconduziu Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), auxiliares do governo afirmam que Jorge Messias, atual advogado-geral da União, segue como o nome mais forte para a vaga na Corte.
A definição deve ocorrer antes da viagem de Lula à África do Sul, onde ele participará, nos dias 22 e 23, da cúpula do Brics. Antes do anúncio oficial, o presidente pretende conversar com dois outros cotados para o posto, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.
Na semana passada, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT), antecipou que Lula deve se reunir com Pacheco nos próximos dias. “Eu sinceramente creio que o nome está lançado. Não vejo reversão”, afirmou o senador.
A recondução de Gonet, aprovada por 45 votos a 26, acendeu um sinal de alerta no Planalto. Integrantes do governo avaliam que o resultado foi uma resposta à denúncia apresentada pelo procurador-geral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da suposta trama golpista.
Também pesou, segundo interlocutores, a baixa articulação de Gonet, que teria deixado toda a negociação nas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Assim como ocorre com o PGR, o indicado ao STF precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ser aprovado no plenário do Senado, com no mínimo 41 votos.