
Cajado defende federação entre União Brasil e PP e diz que apoio na Bahia será a ACM Neto

A formação de uma federação entre o União Brasil e o Partido Progressista (PP), foi um dos temas debatidos pelo deputado Cláudio Cajado (PP), em entrevista ao programa Se Ligue Bahia, da rádio Itapoan FM, na terça-feira (15). Segundo ele, a união das legendas otimiza recursos e a atuação política e eleitoral das siglas.
“Primeiro, a federação é boa por quê? Porque você vai otimizar dois partidos com fundos eleitorais altos. […] Você vai lançar 40 candidatos pela federação, com um fundo de 100 milhões. Então a relação é muito maior. E os 40 candidatos da federação vão ter muito mais votos”, afirmou o deputado.
Cajado explicou que, de forma isolada, os dois partidos lançariam 80 candidatos, 40 por cada legenda. Na federação, serão 40 no total, porém com recursos somados. “Outra coisa é você juntar 40 numa federação só. O fato é que pudemos eleger 11, e talvez até 12, por conta dessa junção”, destacou.
O parlamentar também apontou a força que a federação representará no Congresso. “Do ponto de vista político aqui em Brasília, você vai ter 113 deputados, você vai demandar, é uma força muito grande, a gente não vai decidir qualquer posição de projeto que tenta ser votado. No Senado são mais 13 senadores”, disse, acrescentando que a união traz ganhos para comissões, relatorias e a mesa diretora da Câmara.
Sobre o alinhamento político na Bahia, Cajado declarou que, pelo critério adotado na federação, o apoio será ao ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto. “O partido, pelo critério, vai ficar com a ACM Neto, pela presidência da federação, porque ele tem mais deputados federais. E o critério que nós adotamos é: o partido no Estado que tiver mais deputados federais, seja do União Brasil ou do PP, fica na federação aquele que tiver maior número de deputados federais”, explicou.
Por fim, o deputado afirmou que as decisões sobre possíveis saídas ou independência dentro da federação devem ser discutidas a partir de abril de 2026. “E essa decisão de quem vai ficar ou sair do partido, ou eventualmente até poder tomar uma decisão de independência, vai ser tomada a partir de abril do ano que vem, na minha opinião”, concluiu.