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Alexandre Galvão 21 de Março, 2025
Foto - Alexandre Galvão

Carballal é condenado a três anos de prisão por ‘rachadinha’ na Câmara

Política
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Alexandre Galvão 21 de Março, 2025

A juíza de direito Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira condenou o ex-vereador de Salvador e atual presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, a três anos e nove meses de reclusão pela prática de “rachadinha”, quando servidores devolvem integral ou parcialmente seus salários a uma autoridade política. A pena será cumprida, inicialmente, em regime aberto.

Tecnicamente, Carballal foi condenado pelo crime de peculato, pela magistrada que atua na 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador. Ele teria se apropriado indevidamente de parte dos salários de assessores parlamentares durante seu mandato na Câmara Municipal, entre 2009 e 2010.

O esquema foi desvendado a partir do depoimento de assessores que relataram a obrigatoriedade dos repasses e de documentos bancários que comprovam a movimentação dos valores desviados. Segundo o MP-BA, parte do dinheiro era repassada a contas de terceiros ligados ao ex-vereador, incluindo familiares.

Além de Carballal, Alex Emanoel da Silva recebeu pena de três anos, um mês e 15 dias de reclusão, também em regime aberto. Já outros réus do processo foram absolvidos por falta de provas.

No processo, a defesa do político disse que a denúncia carecia de provas e que Carballal não havia recebido repasses ilícitos.

A juíza, no entanto, observou: “Nítido era que Henrique exigia do chefe do gabinete, Alex, e ambos exigiam os valores dos assessores, os quais faziam os repasses, restando demonstrado, até mesmo, que alguns deles, como Kátia e Tarciso, não laboravam. Ou seja, as ocupações eram falseadas, na intenção de, por meio do cargo, aumentar a receita de Henrique”.

A magistrada reitera ainda que, por meio das provas colhidas, “não restam dúvidas acerca do cometimento pelos acusados dos crimes de peculato e concussão”.

O Se Ligue Bahia procurou Carballal, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação de qualquer um dos citados.