
“Discordo, mas respeito”, diz Prates sobre adesão do PDT ao governo Jerônimo

O deputado federal Leo Prates (PDT) afirmou, em entrevista ao programa Se Ligue Bahia, da Rádio Itapoan FM, nesta quarta-feira (30), que pretende continuar no Partido Democrático Trabalhista (PDT), mesmo após a sigla anunciar adesão ao governo estadual liderado por Jerônimo Rodrigues (PT). Prates, que também é presidente municipal do PDT em Salvador, deixou claro que não rompeu a aliança com o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e que sua prioridade, neste momento, é trabalhar em prol da população baiana.
Durante o programa Leo Prates esclareceu sua posição política diante da movimentação da cúpula partidária. “Em primeiro lugar, eu quero colocar com muita clareza, eu tenho uma posição, eu sou o presidente municipal do PDT em Salvador, eu permaneço no partido, eu conversei com o ministro Carlos Lupi, o ministro Carlos Lupi entendeu minha posição, e que eu vou permanecer na posição e na aliança com o Bruno Reis. Então, partidariamente não houve colocação da executiva municipal para haver rompimento, ou da executiva estadual para haver rompimento com o Bruno Reis. Eu desconheço este rompimento, eu desconheço. Há o desejo de alguns filiados de apoiar o governo, o que aconteceu no dia de hoje, o que eu respeito, eu discordo, mas respeito”, disse o deputado.
Prates afirmou que apenas em 2026 pretende se reunir com o ministro Carlos Lupi, para definir uma posição com relação às eleições. “Eu acredito que este ano não é de eleição, é um ano de trabalhar pela população e assim me manterei, focando nas pautas que interessam às pessoas, a melhorar a vida das pessoas.
Questionado sobre a fala do deputado federal Félix Mendonça Jr, presidente estadual do PDT, que afirmou sair do grupo do prefeito Bruno Reis (União Brasil) porque o partido teria um chefe, se referindo a ACM Neto.
“Desconheço esse chefe. Só para você ter uma ideia, e eu acho que contra fatos não tem argumentos, eu volto a dizer, eu tenho respeito com o Félix Mendonça, mas eu posso discordar das ideias dele. ACM Neto nunca se meteu na minha votação e se comportou comigo como chefe. A única coisa que a ACM Neto me pediu foi uma matéria em relação ao marco do saneamento que ia prejudicar, Bruno Reis, ia prejudicar a cidade do Salvador. E a cidade do Salvador, para mim, está acima de qualquer coisa. Foi a única vez que eu não segui a orientação partidária”, afirma Leo Prates.
Diante do posicionamento aparentemente contraditório entre seu vínculo com o PDT e a continuidade da aliança com o grupo de oposição estadual, Leo Prates rebateu destacando que nenhuma instância partidária do PDT foi oficialmente convocada para aprovar o rompimento com Bruno Reis:
“Um partido não é feito por uma pessoa, ele é feito por um conjunto de pessoas. Eu acredito em política como grupo e estou me comportando como grupo. Qual foi a instância partidária, qual foi a instância convocada para manifestar a posição do PDT? Foi o presidente Félix até o momento, né? Você está falando da manifestação de uma pessoa. A executiva municipal não rompeu a aliança com o Bruno Reis, que é o conjunto da executiva. A executiva estadual eu faço parte, não foi convocada. E a executiva nacional eu faço parte, eu sou membro nato e não fui convocado”, destaca Prates.
Por fim, o deputado reafirmou que continuará trabalhando em favor da população, mesmo em meio à instabilidade política entre seu partido e o grupo que integra. “Eu não vou falar sobre a posição de Bruno Reis e ACM Neto em relação ao PDT. Eu estou falando como PDTista, como uma pessoa que segue a orientação partidária. O presidente Lupi, inclusive, quando estive com ele, ele ressaltou que eu sou um dos deputados mais leais ao partido e a ele. Desde o início entrei no partido em uma aliança com a ACM Neto e nela me manteria. Essa é a minha posição clara”, conclui o deputado.