Eduardo Bolsonaro diz estar disposto a ir às “últimas consequências para retirar esse psicopata do poder” ao se referir a Moraes

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou estar disposto a ir às “últimas consequências” contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita em entrevista à BBC News nesta quarta-feira (13), após a apresentação das alegações finais dos réus do núcleo 1 da suposta trama golpista.

“Estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder. Se depender de mim, vamos continuar aqui, dobrando a aposta até que a pressão seja insustentável e as pessoas que sustentam Moraes larguem a mão dele para que ele vá sozinho para o abismo”, disse o parlamentar.

Durante a viagem aos Estados Unidos, Eduardo participou de reunião com representantes do governo do ex-presidente Donald Trump. Ele afirmou estar em estado de alerta para o que considera o risco de o Brasil adotar um regime ditatorial sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando as recentes sanções econômicas impostas por Washington ao país.

O deputado também disse estar preocupado com a possibilidade de restrição à participação da oposição nas eleições de 2026, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará inelegível até 2030. “Estou preocupado com o Brasil viver durante décadas igual a Cuba, igual à Venezuela. Se chegarmos nesse ponto, o país vai ter saudades de um tarifaço de só 50%”, afirmou.

Eduardo voltou a sugerir a ampliação das sanções norte-americanas para atingir o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Segundo ele, “as autoridades norte-americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil” e já monitoram os dois políticos.