
“O atual governo não conseguiu se conectar com a realidade do país”, diz Bruno Reis após rompimento de União e PP com Lula
Prefeito de Salvador defende ACM Neto e afirma que decisão fortalece bloco oposicionista no Congresso

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou neste domingo durante o desfile do 7 de Setembro, que a decisão de União Brasil e Progressistas (PP) de deixar a base do governo federal é reflexo do mau desempenho da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o atual mandato não apresentou entregas relevantes e não conseguiu dialogar com a população.
“A executiva nacional sempre manifestou críticas, apontando erros do atual governo, um governo que não performou. Foram programas requentados, sem ações significativas, alta dos preços dos alimentos, perda do poder de compra, juros exorbitantes que impedem o país de crescer, somados a uma política internacional equivocada e a uma forma de governar que ficou no passado. Infelizmente o atual governo não conseguiu se conectar com a realidade, não conseguiu pacificar o país e estimulou o extremismo, a disputa e um estado de guerra permanente”, declarou.
Durante entrevista, o gestor defendeu o ex-prefeito ACM Neto, alvo de críticas recentes do presidente Lula, e disse que a decisão das legendas representa um movimento de fortalecimento político.
“Neto foi um dos principais responsáveis pela Federação, pela união do PP com o União Brasil, formando o maior bloco parlamentar do Congresso Nacional, o maior partido em número de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores. É uma força política significativa que vai influenciar os rumos do país a partir de agora”, afirmou Bruno Reis.
O rompimento ocorre após Lula alfinetar ACM Neto durante agenda em Minas Gerais, na última quinta-feira (04), ao relembrar a polêmica de 2022, quando o ex-prefeito se autodeclarou pardo. Na ocasião, o presidente disse que há “gente branca querendo passar por negro”.
Com a decisão, União Brasil e PP determinaram que seus filiados entreguem os cargos federais, incluindo os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), que podem ser punidos caso optem por permanecer no governo.
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