Opositor venezuelano exige libertação de María Corina Machado, detida após manifestação
O líder opositor venezuelano Edmundo González, que reivindica ter vencido as últimas eleições presidenciais, exigiu nesta quinta-feira (9) a libertação imediata de María Corina Machado, importante figura da oposição ao regime de Nicolás Maduro.Edmundo González
Segundo aliados, María Corina foi detida após participar de uma manifestação contra Maduro em Chacao, nos arredores de Caracas. Testemunhas afirmam que o comboio em que ela estava foi interceptado por forças de segurança do governo. Desde então, o paradeiro e o estado de saúde da opositora permanecem desconhecidos.
Em uma rede social, González classificou a detenção como um “sequestro” e alertou as forças do regime: “Não brinquem com fogo”. Ele também pediu que a comunidade internacional condene o que chamou de “operação criminosa” contra uma liderança democrática.
A situação acirra ainda mais o cenário político tenso na Venezuela, onde tanto a oposição quanto os chavistas alegam vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024. Enquanto o governo de Maduro controla as instituições eleitorais, González e seus apoiadores apresentam contagens próprias que o apontam como vencedor, contando com o respaldo de países como os Estados Unidos.
María Corina Machado é uma das principais vozes contra o regime chavista e vinha mantendo um perfil discreto nos últimos meses. Seu discurso em Chacao marcou a primeira aparição pública em cinco meses, mas terminou em confronto com forças governistas.
A prisão de María Corina ocorre às vésperas da posse simbólica de González, anunciada para o dia 10 em Caracas. No entanto, o regime de Maduro já declarou que o prenderá caso retorne ao país.