Otto defende CPI do Crime Organizado sem palanque político e cita Bolsonaro

O senador Otto Alencar (PSD), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, afirmou nesta terça-feira (4), que não permitirá o uso político das sessões da CPI do Crime Organizado, quando estiver presidindo os trabalhos no colegiado. O senador também mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao relembrar sua atuação na CPI da Covid, em 2021.

O parlamentar classificou como “tentativas de interferência de Bolsonaro”, impedir a instalação da comissão da Covid na época. “Não me passa lição, porque eu sempre procedi aqui dentro honrando o meu mandato, mandando o meu mandato, trabalhando, inclusive fui oposição responsável ao governo Jair Bolsonaro, e na CPI da Covid. O presidente interferiu várias vezes para que não se montasse a CPI da Covid”, disse Alencar.

O senador baiano destacou que a investigação será conduzida sem transformar o colegiado em palco de disputas partidárias. “Eu aqui presidindo, não haverá palanque para absolutamente nenhum senador ou senadora. Vamos ter que investigar plenamente quem cometeu os seus equívocos e os seus erros. Esse é o meu procedimento”, continuou Otto.

Otto também prestou uma homenagem póstuma aos quatro policiais mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. “Peço apenas aos senadores e senadoras que me permitam fazer uma homenagem póstuma, com toda sinceridade, aos quatro policiais que tombaram no combate ao crime no estado do Rio de Janeiro”, disse.

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