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Redação 25 de Novembro, 2024
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“Perseguição em cima do presidente Bolsonaro”, diz Roma sobre indiciamento do ex-presidente

Política
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Redação 25 de Novembro, 2024

Roma também comparou a abordagem da Polícia Federal no caso de um suposto plano de atentado contra o presidente Lula com o episódio do atentado sofrido por Bolsonaro.

O ex-ministro da Cidadania e atual presidente do PL na Bahia, João Roma, se manifestou nesta segunda-feira (25) sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado. Para Roma, há uma clara perseguição política e uma “orquestração” direcionada contra o ex-mandatário.

Em entrevista à Rádio A Tarde FM, João Roma afirmou que as ações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstram um desejo pessoal de punir Bolsonaro, comprometendo o devido processo legal.

“Causa revolta o grau de perseguição em cima do presidente Bolsonaro. Da maneira que o ministro Alexandre de Moraes faz, parece que ele é motivado por um passionalismo de querer punir Bolsonaro. Ele faz isso com tal sanha que começa a desmerecer todo o rito processual”, reclamou.

O ex-ministro destacou que as medidas adotadas pelo STF fragilizam a segurança jurídica no Brasil. “O que nós queremos é segurança jurídica e o que estamos vendo é justamente o contrário disso: dois pesos e duas medidas. Até um veículo como o Estadão diz hoje que o Alexandre de Moraes não pode ao mesmo tempo ser vítima e fazer todas as medidas de um processo”, declarou.

Roma também comparou a abordagem da Polícia Federal no caso de um suposto plano de atentado contra o presidente Lula com o episódio do atentado sofrido por Bolsonaro. “Diferente do atentado que realmente ocorreu com o presidente Bolsonaro e não teve a devida investigação, no caso do suposto plano, a Polícia Federal agora utiliza de todos os meios sem nenhuma transparência para desenvolver uma narrativa”.

Ao comentar os procedimentos conduzidos por Alexandre de Moraes, Roma acusou o magistrado de impor depoimentos de maneira arbitrária. “Pega o tenente coronel Cid e coloca-o numa sala. Ele dá o depoimento dele e simplesmente o juiz que é para ouvir o seu depoimento diz: ‘não é isso, nós já sabemos como é’. Quer simplesmente que ele confirme uma narrativa estabelecida dentro da cabeça, já pré-julgando. Esse não é o papel de um magistrado”.

O dirigente do PL e ex-ministro da Cidadania aponta que os mesmos personagens que invalidam os atos da Operação Lava Jato são aqueles que cometem irregularidades no processo atual. “Se se questiona que no passado a Operação Lava Jato, que era desenvolvida pela Justiça Federal lá no Paraná, foi praticamente anulada em tudo, o que ocorre hoje é muito pior, pois está na instância máxima todos os pré-requisitos de nulidade processual”, comparou Roma.