
PGR solicita reabertura de investigação sobre fraude na compra de respiradores

A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou indícios de que Rui Costa, atual ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, teve envolvimento direto nas irregularidades da compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste em 2020. O contrato, firmado com a empresa Hempcare Pharma, previa o pagamento antecipado de R$ 48 milhões, sem garantias, e os equipamentos nunca chegaram a ser entregues. Na época, Rui presidia o consórcio formado por estados do Nordeste.
O Estadão revelou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envio do inquérito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com base na nova interpretação sobre o foro privilegiado. Para Gonet, como os fatos ocorreram durante o mandato de Rui como governador, o STJ é o foro competente para julgar o caso.
A investigação cita ainda uma delação premiada da empresária Cristiana Taddeo, dona da Hempcare, que afirmou ter pago uma comissão de R$ 1,6 milhão a um intermediário que se dizia próximo de Rui.
A defesa de Rui Costa reagiu afirmando que a manifestação da PGR “não traz nenhuma acusação nova” e que não há provas de que ele tenha participado de atos ilícitos.
O caso segue parado no STF desde maio, aguardando decisão sobre a retomada das investigações.