“Precisamos mudar de comportamento”, afirma Lula sobre combate ao feminicídio
Durante a última reunião ministerial de 2025, realizada nesta quarta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a necessidade de enfrentar o feminicídio a partir de uma mudança de postura dos homens e de uma atuação mais integrada do governo federal.
Ao comentar a violência contra as mulheres, Lula afirmou que elas não são agressoras, mas vítimas, e destacou que cabe aos homens reconhecerem seu papel histórico como algozes e assumirem a responsabilidade de serem solidários.
“Se nós, homens, somos algozes, precisamos assumir para nós a tarefa de sermos solidários às mulheres”, declarou.
O presidente também cobrou maior comprometimento da gestão federal com políticas voltadas às mulheres. Segundo ele, a pauta não deve ficar restrita ao Ministério das Mulheres, mas envolver toda a estrutura governamental. Lula citou dificuldades relatadas pela ministra Márcia Lopes na busca por apoio interno e defendeu políticas públicas articuladas entre os ministérios.
“Muitas vezes, a Márcia [ministra das Mulheres] se queixa de procurar apoio e encontrar dificuldades. A política para as mulheres não é apenas do Ministério das Mulheres, é do governo”, afirmou.
Por fim, o presidente enfatizou que os homens têm a responsabilidade de educar e coibir comportamentos violentos, afirmando que é dever deles atuar diretamente na formação e responsabilização daqueles que “batem e violentam” mulheres.