
Presidente do Palmeiras e Crefisa entra na mira da CPMI do INSS

A presidente do Palmeiras e da Crefisa, Leila Pereira, entrou na mira da CPMI do INSS, que apura fraudes e irregularidades em contratos e operações financeiras ligadas ao pagamento de benefícios previdenciários. Pelo menos quatro requerimentos apresentados por parlamentares pedem a convocação da empresária para depor como testemunha.
Os parlamentares afirmam que há indícios consistentes de irregularidades na atuação da Crefisa junto a aposentados e pensionistas e consideram “imprescindível” a oitiva de Leila pela comissão.
A Crefisa é apontada no centro de uma série de denúncias envolvendo abusos em empréstimos consignados e irregularidades em contratos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em abril deste ano, a empresa venceu 25 dos 26 lotes do leilão que concedia a administração da folha de pagamento de benefícios do órgão, em um contrato estimado em R$ 12 bilhões entre 2025 e 2029, superando instituições como Itaú e Bradesco.
Meses depois, o INSS suspendeu cautelarmente os contratos com a Crefisa, após o aumento expressivo de reclamações de beneficiários. As denúncias relatam a concessão de empréstimos sem autorização, venda casada de produtos, cobranças abusivas, taxas elevadas e até atrasos no repasse de benefícios.
Em nota, a Crefisa negou qualquer irregularidade e afirmou que “nenhum contrato é feito sem autorização do cliente”. A empresa disse ter recebido “com surpresa” a decisão do INSS e destacou que cumpre “todas as exigências legais e contratuais”.
Segundo a instituição, a taxa de reclamações representa menos de 1% das operações e não há coação nem venda casada de produtos. A financeira também informou que menos de 5% dos beneficiários abriram conta na instituição e que investiu mais de R$ 1 bilhão em tecnologia para aprimorar o atendimento e garantir a segurança das operações.