Quem são os ‘kids pretos’, militares acusados de tramar contra Lula, Alckmin e Moraes
Os militares em questão atuam nas Forças Especiais
Quatro militares e um policial federal foram presos pela Polícia Federal, ambos suspeitos de fazerem parte de um plano golpista contra o resultado das eleições de 2022 que incluía a execução dos presidente e vice-presidentes eleitos, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Os militares em questão atuam nas Forças Especiais, também conhecidos como “kids pretos”.
Quem são os “kids pretos”
De acordo com informações da Revista Piauí, os “kids pretos” são militares de elite do Exército brasileiro, integrantes do Copesp (Comando de Operações Especiais). Eles recebem treinamento para missões de sabotagem e insurgência popular, conhecidas como “operações de guerra irregular”.
Em suas operações, eles utilizam gorros pretos, característica na qual acabou dando origem ao apelido. O lema do grupo é: “qualquer missão, em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer maneira”.
O Copesp é uma unidade de elite com treinamento altamente especializado. Seus membros são preparados para infiltrar-se em territórios inimigos, resistir à tortura e executar missões de alta complexidade. Esse conhecimento técnico foi considerado crucial para a implementação do plano golpista.
A ligação com o governo Bolsonaro foi estreita. Pelo menos 26 membros das Forças Especiais ocuparam cargos importantes na administração, como Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil, e Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Entre eles, estava Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e figura central nas investigações.
Quem são os investigados
Foram presos os militares Hélio Ferreira Lima, Mario Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Além deles, o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.
O militar de mais alta patente envolvido é o general da reserva Mario Fernandes. Durante o governo Bolsonaro, ele foi secretário executivo da Secretária-geral da Presidência e chegou a comandar a pasta de forma interina. Além disso, atuou no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) entre março de 2023 e março de 2024.