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Redação 10 de Outubro, 2025
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Policial é flagrado agredindo manifestante durante protesto em São Marcos

Segurança
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Redação 10 de Outubro, 2025

Vídeo mostra PM dando um tapa no rosto de homem durante ato por Kaique, de 16 anos, morto em operação policial no final de setembro

Um policial militar foi flagrado em vídeo agredindo um manifestante durante um protesto realizado na noite de quarta-feira (09), no bairro de São Marcos, em Salvador. As imagens, que circulam nas redes sociais, mostram o agente dando um tapa no rosto de um homem enquanto aparenta estar alterado. O protesto pedia justiça pela morte de Kaique dos Santos Reis, de 16 anos, ocorrida no dia 28 de setembro durante uma operação policial.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) informou que já tomou conhecimento do vídeo e determinou à Corregedoria a imediata instauração de um procedimento para apurar os fatos. A corporação afirmou repudiar qualquer conduta que se afaste dos princípios da legalidade, ética e respeito aos direitos humanos, e ressaltou que não compactua com excessos ou desvios de conduta.

A morte do adolescente motivou uma série de manifestações no bairro de São Marcos. No dia 29 de setembro, familiares e amigos interditaram ruas e avenidas, ateando fogo em objetos e cobrando respostas sobre a ação policial que resultou no assassinato do jovem.

De acordo com a mãe de Kaique, Joselita dos Santos Cruz, o adolescente teria obedecido à ordem da polícia para levantar as mãos antes de ser atingido pelos disparos. Uma testemunha, que preferiu não se identificar, afirmou que uma policial teria atirado primeiro na perna do jovem e, em seguida, outros tiros teriam sido disparados dentro de um beco.

A versão da comunidade é contestada pela Polícia Militar. A corporação informou que Kaique estaria acompanhado de outro homem e que ambos teriam atirado contra a guarnição, iniciando um confronto. Os dois foram baleados e levados ao Hospital Roberto Santos, mas não resistiram aos ferimentos. Segundo a PM, armas e drogas foram apreendidas e encaminhadas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação.