
Novo papa tem histórico ambiental e pode participar da COP30 no Brasil

O novo papa Leão XIV, escolhido para liderar a Igreja Católica, deve manter o protagonismo ambiental do Vaticano ao longo dos próximos anos. Com histórico de defesa do meio ambiente e de iniciativas sustentáveis, o pontífice, nascido nos Estados Unidos e naturalizado peruano, já sinalizou que pretende dar continuidade ao legado de Francisco nas pautas climáticas.
Durante um seminário em Roma, em 2023, Prevost, então prefeito do Dicastério para os Bispos, declarou que era hora de “passar das palavras à ação” no enfrentamento das mudanças climáticas, destacando a responsabilidade da Igreja em promover a sustentabilidade. Entre as ações concretas já apoiadas por ele estão o uso de veículos elétricos pela Santa Sé e a instalação de painéis solares no Vaticano.
Essas declarações fizeram com que ambientalistas e organizadores da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), marcada para novembro em Belém (PA), pensem na possibilidade de contar com a presença do novo pontífice no evento.
“Diante de uma crise climática em níveis sem precedentes, é extremamente encorajador saber que o novo papa Leão 14 parece alinhar-se de perto com o papa Francisco no que diz respeito às mudanças climáticas. O cardeal Robert Prevost nos convocou a ‘passar das palavras à ação’, que também é o lema da COP30”, disse Ana Toni, diretora-executiva da cúpula, à Folha de S.Paulo.
Aliado ao legado de Francisco, o novo papa tem uma abordagem que vê o “domínio sobre a natureza” como um chamado ao cuidado, à responsabilidade e a não exploração desenfreada.